14 de maio de 2013

COMEMORAÇÃO DO DIA DAS MÃES NA EJA


A semana passada foi marcante para a turma. As aulas teve como temática "o cuidado de si". Neste percurso, articulamos com a comemoração do dia das mães. Algumas questões foram formuladas, a saber: o que é ser mãe? Como podemos denominar o sentimento materno? Esse sentimento está restrito a figura da mulher, pelo fato desta gestar uma vida?

Tais questões acarretou num forte debate. Alguns  afirmaram que o sentimento materno é superior aos demais sentimentos, pois segundo estes, tal sentimento tudo suporta, tudo espera, nunca desiste, nunca acaba. 

Diante das colocações, novamente foi questionado:  Esse sentimento estar restrito apenas a pessoa da mulher? Nesta ocasião, todos passaram a debater sobre a problemática. Posteriormente, foi aberto o diálogo e algumas falas foram significativas.

O primeiro grupo defendeu que o amor materno não estar restrito a pessoa da mulher, pois muitos pais têm assumido a condição maternal no cotidiano, seja no campo da afetividade, seja no ato de cuidar. Alguns ainda afirmaram, que algumas mães não tem o devido cuidado com os filhos; enquanto, outras chegam a abandoná-los. Neste sentido, este grupo frisou que o amor e o cuidado materno não estar limitado apenas a mulher. 

O segundo grupo manteve a ideia de que apenas a mulher tem essa capacidade, por ter maior sensibilidade e percepção, chegando até a prever o perigo que possa advir sobre seus filhos. Foi destacado, que a mãe nunca abandona e que aceita o/a filho/a mesmo nas piores condições.

Após as falas, eu apresentei um vídeo construído por minha pessoa, para que os alunos visualizassem várias  expressões de amor e cuidado. Na elaboração do vídeo tive a intencionalidade de apresentar o imaginário coletivo presente na turma,  e a visão ou entendimento reducionista no que tange ao amor e ao cuidado com o próximo.Vale destacar, que no vídeo há: a presença da mulher, do homem e de outros animais, demonstrando que o ato de cuidar e preservar a vida é uma característica ontológica do ser vivo. 


Após a visualização do vídeo, o debate retornou com mais vigor. O  interessante é que todos os grupos mantiveram suas posições, ou seja, defenderam suas opiniões. Somente alguns alunos do segundo grupo, reconheceu que o amor materno transcende questões de gênero, chegando até ser expresso por outros seres vivos.

Foi destacado no diálogo com a turma que os demais seres vivos (irracionais) tem a capacidade de cuidarem e preservarem suas espécies, diferentemente de nós seres humanos, que tanto destruímos outras espécies, assim como a nossa.  

Encerramos com a pergunta para reflexão: o que podemos fazer para cultivarmos o sentimento de amor e cuidado consigo e com o próximo?

Para finalizar, tivemos o momento do lanche preparado pela turma, regado com poemas apresentados pelos alunos. Teve um aluno de outra turma que participou e declarou uma linda poesia, onde expressava a importância da mãe na vida dele. Todos se emocionaram.

A quem interessar, veja abaixo o vídeo utilizado: 



5 de março de 2013

PARAÍBA, SIM SENHOR.

Estudos historiográficos da educação nos informam que o país tem vivido vários momentos de luta política e mobilização social a favor do reconhecimento, da garantia e efetividade do direito da população brasileira à educação pública, gratuita e de qualidade. Nesse processo, ressaltamos a singularidade da década de 1990 como um marco da história da educação brasileira onde os aspectos regionais foram sendo incorporados na agenda politica, no sentido de reconhecer, valorizar as singularidades regionais vigente em nossa sociedade, cada vez mais diversa e plural 

Partimos do pressuposto de que a problemática da escolarização é típica das sociedades que erigiram a escola como um espaço de aprendizagem do conteúdo simbólico considerado legítimo e necessário socialmente, como, por exemplo, a sociedade capitalista brasileira atual, onde o acesso escolar e a apropriação do conjunto de coisas ditas, escritas e vistas funcionam como uma espécie de capital simbólico, de logomarca social que identifica o tipo de indivíduo qualificado para ocupar as posições necessárias à reprodução do saber competente, da cultura hegemônica, das funções institucionais e da lógica do capital. 

Nessa ordem social vigente e hegemônica, não há como deixar de entender a escola e o processo de escolarização como interfaces de um acontecimento cultural e histórico relativo à constituição dos sujeitos individuais e à configuração das relações sociais. O acesso à escola e à construção efetiva de uma escolarização de qualidade é posto como um direito fundamental do ser humano, cuja negação significa, em última instância, a negação ontológica do tipo de homem e de mulher concretos e singulares que somos nesse momento e lugar da história. 

Excluir qualquer pessoa desse lugar e do processo social pode ser visto como um ato de interdição da humanidade, de impedimento do desenvolvimento da historicidade e da singularidade cultural do cidadão. A escola e seus processos pedagógicos são, efetivamente, objetos de desejo e de luta, porque estão fora desse cenário, e ocupá-lo tardiamente, fora do tempo etário adequado, ou fora da qualidade social concreta necessária, significará carregar, no itinerário biográfico pessoal, a marca da exclusão, da negação da cidadania. 

A consciência histórica desse fenômeno cultural tem mobilizado indivíduos, instituições e movimentos sociais para a inclusão efetiva de jovens, de adultos e de idosos na cidade ou no campo, o que implica, de um lado, a luta pelo reconhecimento e a garantia da escolarização, como um bem simbólico e como um direito público subjetivo da população nas suas regiões, e, de outro, a formulação de políticas públicas que atendam às demandas específicas dos diversos tipos de sujeitos e territorialidades. 

Diante desta realidade, a valoração de uma determinada necessidade, interesse ou aspiração como legítima se traduz na elaboração de Leis, Decretos, Resoluções e Portarias singulares que transformam o bem social valorado em um bem social normatizado. Exemplos disso são as Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, as Diretrizes Nacionais da Educação de Jovens e Adultos que regulam o direito público subjetivo do cidadão brasileiro, em geral, à escolarização, e do cidadão do campo e da cidade, em particular, tendo em vista o reconhecimento das demandas regionais, seja no currículo escolar, na elaboração de livros didáticos, na organização e funcionamento da escola. 

Movidos por esse espírito reflexivo, o presente projeto pedagógico objetiva conhecer, dialogar, refletir, problematizar sobre a cultura regional, mas especificamente a cultura paraibana, tendo em vista sua valorização por parte do corpo docente e discente da escola. 

SEGUE ABAIXO O PROJETO


1 de março de 2013

SAUDADE DA ESCOLA ?

As férias é um momento bastante desejado por todos. Todos que trabalham e estudam. Almejam, planejam, economizam ou ficam endividados para desfrutar deste momento. As férias é uma oportunidade para descansar, se divertir, refletir sobre o ano que passou e estabelecer novos planos para o ano que se inicia. 

Nós educadores, conhecemos muito bem as vozes dos alunos: “Há, precisamos de férias”. Esta fala é regular, principalmente na educação de jovens e adultos. A maioria dos alunos que estudam, trabalham dois horários e ter férias da escola representa certo “alivio”. Mas com minha turma ocorreu um fenômeno intrigante e fora na normalidade. As alunas comentavam: As férias estão chegando. E agora o que vamos fazer longe da escola?”. Observei que havia um sentimento de descontentamento e de incerteza. Muitas questões perpassavam na mente de todos: “o que iremos fazer sem as aulas, sem o convívio com os colegas, sem os momentos de alegria e de conflitos, os quais, nos proporcionaram crescimento e fortalecimento?”. Quando pensei que as manifestações haviam se encerrado, de repente a aluna Rita Maria me surpreendeu com o desabafo: “professora o ano de 2012 foi muito rico. O que eu aprendi em um ano, foi além do que aprendi ao longo de uma vida nas escolas que estudei anteriormente”. 

Nesta ocasião todos entenderam o valor da escola, não apenas enquanto um lugar de ensino e aprendizagem, mas enquanto um sentido para a vida. 

Então as férias chegaram. Todas as alunas foram para suas casas, após um ano de muitos frutos colhidos, ou seja, muito aprendizado para a vida. Mesmo com a distância, estávamos sempre nos comunicando. Tornou-se difícil à distância, o não viver cotidianamente com cada olhar, com cada sorriso, com cada dúvida e pergunta. Que riqueza foi o ano de 2012 ! 

Quando pensei que as surpresas haviam se encerrado, um belo dia, duas alunas me telefonaram. A primeira disse: professora, eu não estou gostando dessa história de férias. Não quero mais férias. Já a segunda aluna expressou: quero que as aulas voltem logo, estou com saudade. 

Todas essas manifestações fez-me perceber que podemos construir uma escola pública melhor. Um lugar em que todos tenham alegria e satisfação em ir e acessar o conhecimento escolar. Chega de a escola ser um enfado, um peso, uma obrigação para os/as alunos/as. Neste sentido, todos que fazem a escola precisam entender seu papel social, tendo em vista contribuir para as construções de sujeitos que possam viver mais felizes, mais livres na sociedade.

Portanto, ter uma escola assim é possível. Uma escola que instigue o pensamento, a reflexão, a alegria e o prazer pelo conhecimento. Nada de mesmice, de acomodação, de fazer de conta, de transferir responsabilidades, de frustração. Então, depende de nós: educadores, gestores, supervisores, orientadores, merendeiras, secretárias, vigias, seladores, bibliotecária, comunidade e alunos. Todos podem fazer uma escola melhor. 

Antes de concluir, é importante destacar que estarei dando sequência ao trabalho realizado ano passado com a mesma turma (Ciclo I), só que agora no Ciclo II. O fato de permanecer com a turma no ciclo II, despertou nas alunas novas expectativas, sonhos e possibilidade crescimento.

`Para encerrar, gostaria de compartilhar o vídeo de  Rubem  Alves, o qual, reflete sobre "A escola ideal", apresentando o papel do professor. 



DIÁLOGO COM A TURMA.



Antes do término do ano letivo, realizamos uma breve confraternização, tendo em vista fazermos uma retrospectiva. Mas antes foi feita a seguinte pergunta "Qual a importância de ser alfabetizado/a?". Quis destacar a resposta de duas alunas. Segue abaixo: 

PRIMEIRA ENTREVISTADA - RITA MARIA

"Eu, Rita, nasci em Natal. Sou filha de mãe solteira e desde criança trabalhei para ajudar a minha mãe no sustento da família. Quando completei 11 anos,perdi minha mãe, e ai começou de verdade minha história. Fui morar com uma tia, lugar onde vivi muitos momentos difíceis. Não fui uma criança feliz, mesmo assim lutei com todas as forças. Me casei com 17 anos e tive duas filhas. Nesse momento me senti a mais feliz das mulheres. Me separei quando completei 6 anos de casada. Ai comecei tudo de novo. Todos esses momentos dificultaram a minha ida para a escola. Somente com 35 anos me matriculei numa escola e fui alfabetizada, e a vida tomou outro rumo. Nesse meio tempo comecei a frequentar alguns movimentos populares, grupos de mães e associação de bairro. Hoje faço parte do sindicato das trabalhadoras domésticas de João Pessoa. Ser alfabetizada e fazer partes desses grupos me ajudou a ser o que sou hoje. Aprendi a dizer não e ocupar meu lugar na sociedade. Por mais pequena que seja, foi uma conquista minha". 

SEGUNDA ENTREVISTADA – MARIA HELENA S. MEDEIROS

"Todos sabemos que a educação é a única forma de um futuro melhor para cada cidadão, e por esse motivo é que me aventurei depois de tantos anos nesta nova experiência, voltar a estudar. Nesta escola, já tive muitas experiências positivas que levarei para a minha vida. Não só os ensinamentos dos conteúdos, como ler e escrever corretamente, mas os ensinamentos de companheirismo, amizade, entre outros que aprendi com a professora e os colegas da sala de aula. Espero que o que aprendi aqui, me ajude a conseguir grandes feitos e a prosperar na minha vida, pois a educação abre portas que jamais sonhamos. E o mais importante de tudo que aprendi é que não há idade para se aprender, só basta ter coragem e vontade para aproveitar as chances por mais tarde que pareça, o importante é não desistir, ser persistente". 

Atualmente, o fato de serem alfabetizadas, já dignificou a vida das alunas, gerando novas perspectivas de vida. Muitas têm o sonho de fazer Universidade. A Rita (aluna entrevistada) e a Rejane (40 anos) sonham em fazer o curso de Assistente Social. A Helena (aluna da entrevista - 35 anos) e a Nalva (36 anos), desejam cursar psicologia. A Dona Antônia (com mais de 60 anos), sonha em ser professora. Estes são apenas alguns exemplos de como o acesso a leitura e a escrita pode restaurar a esperança de muitos.

Mas vale ressaltar, que aprendizagem desta turma não restringe apenas a educação formal, mas a informal e não forma. A maioria das alunas são sindicalizadas, fazem parte de associações de bairro, das igrejas, onde se apropriam de saberes, fortalecendo subjetividade e a identidade coletiva.  Neste sentido, a EJA não estar restrita a alfabetização, mas a proporcionar aprendizagem que permaneça e contribua ao longo da vida de cada educando. A partir desta perspectiva, podemos vislumbrar um futuro melhor para todos.

22 de novembro de 2012

FECHAMENTO DOS PROJETOS PEDAGÓGICOS

Ontem, dia 21 de novembro de2012, foi mais um momento marcante na vida dos alunos/as da Educação de Jovens e Adultos, na Escola Municipal Luiz Augusto Crispim. Tivemos a apresentação dos projetos pedagógicos do ano letivo. Os projetos de caráter interdisciplinar tiveram as seguintes temáticas: Escola Limpa (preservando o patrimônio Público); Valores; Trabalhando as diferenças e, por fim, A paz começa em mim. Inicialmente, a direção fez uma fala introdutória e posteriormente os alunos e professores apresentaram os trabalhos desenvolvidos por cada projeto. Nossa turma apresentou num lindo coral a música “Paz pela Paz”, do cantor Nando Cordel. Durante os ensaios, a musica foi discutida com a turma, visando promover uma reflexão a partir de todas as temáticas discutidas ao longo do ano. Encontrar a harmonia vocal foi um desafio para a turma. Todos/as se dedicaram visando proporcionar a todas as turmas uma mensagem de paz, harmonia, solidariedade, fraternidade e ética. As Faixas, as roupas brancas, a maquiagem e tudo mais, expressa o resultado da dedicação, compromisso e valorização de todos os sujeitos envolvidos no processo. Após a apresentação da música, todos ficaram emocionados e percebeu o quanto cada um tem a capacidade de fazer muito mais, ir além. Além da leitura e escrita, além do acesso aos conteúdos curriculares, ou seja, percorrer caminhos jamais imaginados e conquistar grandes sonhos. Cada aluno/as sendo protagonista de sua história,  é possível não apenas sonhar, mas realizar. 

Agradeço aos meus alunos/as pela rica oportunidade de crescer com eles. 

 Profa. Dafiana Carlos

SEGUE ABAIXO O VÍDEO:




25 de outubro de 2012

35 Reunião Anual da ANPED




Nos dias 21 a 24 de Outubro de 2012, ocorreu a 35º Reunião Anual da ANPED (Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação), em Porto de Galinhas - PE. O Encontro teve como tema "Educação, cultura pesquisa e projetos de desenvolvimento: o Brasil do  século XXI"e contou com a  participação de Osmar Fávero; Moacir Gadotti; Vanilda Paiva, Carlos Rodrigues Brandão; Dermeval Saviani, Celso Beisiegel, Lucia Santaella, José Carlos Libâneo, Circe Maria Fernandes  Bittencourt, dentre outros. 

Durante o Encontro  tive a honra de participar do GT 02 (História da Educação), onde teve a palestra da Profa. Dra. Circe Maria Fernandes Bitencourt, atualmente professora da PUC - SP. A mesa coordenada pela Profa. Dra. Ester Fraga Vilas-Bôas C. do Nascimento (UNIT), tratou sobre os "Momentos e lugares do Livro didático na História da Educação. 

Em sua fala, Bittencourt apresentou vários momentos da História da Educação Brasileira em que o livro didático aparece. Segundo a palestrante, o livro didático sempre esteve em pauta desde a criação do sistema escolar, mediante a Lei de 15 de outubro de 1827, onde prescrevia o modo como os alunos deveriam ler os livros. 

Ainda tratando deste assunto, Bitencourt afirmou que o estabelecimento da educação brasileira foi planejado e acompanhado pelo poder governamental, que passou a utilizar vários mecanismos para direcionar e controlar o saber a ser disseminado. Neste cenário, o livro didático constituiu-se enquanto instrumento privilegiado de controle estatal sobre o ensino e aprendizado dos diferentes níveis escolares. O livro escolar aparecia, no final do século XVIII, como principal instrumento para a formação do professor, garantindo, ao mesmo, a veiculação de conteúdo e método de acordo com as prescrições do poder estabelecido.

Quanto as pesquisas, foi assinalado que não apenas as academias realizam pesquisas sobre o livro didático, mas também o Estado e as editoras.  Em todos os momentos, Bittencourt fez questão de destacar alguns elementos relevantes para quem tem pesquisado ou deseja pesquisar sobre livro didático. Primeiramente, ter claro o conceito de livro didático. Afinal, o que é o livro didático? Segundo, compreender a Politica Pública Educacional para a produção do LD, desde do PNLD/1985 - criado no Governo de Sarney - até o PNLD atual.

No que tange as imagens ou ilustrações, atualmente as obras didáticas estão repletas de ilustrações que parecem concorrer, em busca de espaço, com os textos escritos. Esta avalanche de imagens são produzidas pelas editoras, com sua equipe técnica.

Ao término da palestra, fiz a seguinte pergunta a Bittencourt: Quais as pesquisas que tem sido empreendidas sobre "o uso pedagógico da  Imagem no didático da Educação de Jovens e Adultos?". Sua resposta confirmou a hipótese de que as pesquisas sobre o uso pedagógico da imagem do livro didático na modalidade EJA é algo novo e recente. 

Observando os resumos dos trabalhos apresentados na ANPED/2012, foram identificados no: 

  1. GT - 18 (Educação de Pessoas Jovens e Adultas) apenas um trabalho envolvendo livro didático e EJA, a saber: Matemática e Texto: práticas de numeramento num livro didático da educação de pessoas jovens e adultas" (ADELINO, Paula Resende; FONSECA, Maria da Conceição Ferreira Reis - UFMG).  
  2. GT 2  (História de Educação), foram apresentados os trabalhos: "Livrarias e Editoras  no Rio Grande do Sul:  o campo editorial do livro didático (ARRIADA, Eduardo - UFpel);  "O regime e o Nacional e a Produção Didática na primeira República" (SILVA, Cristiani Bereta da - UDESC); Momentos e lugares do  livro didático  na História da Educação ( BITTENCOURT, Circe - PUC/SP) e Impressos Católicos: uma fonte para análise do debate educacional no RS na década de 1930 (LEON, Adriana Duarte - UFMG).
  3. GT 4 (Didatica) teveram os seguintes trabalhos: Utilização de livros didáticos por professores de Física em escolas de Educação Básica (ZAMBON, Luciana Bagolin (UFSM); A experiência docente dos autores do livro didático (BRACCINI, Marja Leão - UNISINOS); Outras histórias possíveis e por uma ecologia das temporalidades em livros didáticos de História (ARAÚJO, Cinthia Monteiro - UFRJ) e A experiência docente dos autores do livro didático (CARTAXO, Simone Regina Manosso - PUC-PR).
Antes do término do Encontro da ANPED, tive a honra de dialogar com Bittencourt na amostra de livros. Ficamos mais de uma hora dialogando sobre as pesquisas voltadas para o livro  didático.  Este foi um momento riquíssimo para minha formação. Dialogar  com uma professora simples, humilde e rica em conhecimento na área me comoveu e motivou a aprofunda-me, e tratar com rigor minhas produções em torno do Livro didático para a EJA. Segue abaixo foto com Bittencourt na ANPED/2012.




UMA PESQUISA SOBRE O USO DA IMAGEM NO LIVRO DIDÁTICO DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS



Para o trabalho monográfico do curso de Especialização em Educação de Jovens e Adultos, meu interesse é investigar a imagem e, em particular, os seus usos pedagógicos nos livros didáticos da educação de jovens e adultos. Tal interesse , foi sendo construído ao longo da minha formação acadêmica, no curso de Pedagogia da UFPB. Nesse sentido, algumas experiências foram decisivas.

Uma delas foi a minha participação em dois Projetos do PROLICEN. Minha participação iniciou como voluntária do Projeto “O uso de filmes como mediação da prática docente: um exercício do fazer interdisciplinar entre professores do Curso de Pedagogia da UFPB”, cujo objetivo era compreender o modo como a imagem fílmica articula, organiza e seleciona o conhecimento escolar. Essa experiência proporcionou um contato mais concreto com o debate, a pesquisa e a prática pedagógica preocupada com a relação entre educação e visualidade. O que aguçou minha curiosidade em ler e me aprofundar no assunto. Posteriormente, tive a oportunidade de ser selecionada como bolsista do Projeto do PROLICEN, intitulado “O Projeto Escola Zé Peão e o Fórum EJA da Paraíba como lócus da formação do educador de jovens e adultos do Curso de Pedagogia”. Nesse momento, pude concentrar-me no universo de questões relacionadas à especificidade da formação do educador de jovens e adultos e conhecer as contribuições dos vinte anos do Projeto Escola Zé Peão e dos doze anos do Fórum de EJA da Paraíba nesse processo formativo.

A outra experiência, resultante da minha condição de bolsista do Projeto do PROLICEN, consistiu na minha inserção no Fórum de EJA da Paraíba. Inicialmente, como bolsista, que tinha a tarefa de observar, registrar e refletir sobre sua dinâmica; posteriormente, como membro do Fórum e colaborador do Grupo articulador do Fórum EJA/PB. Durante meu engajamento pude participar de várias reuniões e contribuir na organização do I Encontro Regional de EJA (EREJA-NORDESTE), que ocorreu nos dias 25 a 27/11/2010; e do XXXVII Encontro Estadual do Fórum, que tinha como objetivo central a elaboração do Regimento Interno do Fórum, evento que ocorreu no dia 11/06/2011; e do XXXVIII Encontro Estadual do Fórum, realizado no dia 03/09/2011. Todos realizados em João Pessoa.

Por fim, ressalto que as duas experiências anteriores foram determinantes para que a terceira acontecesse de um modo específico. Na terceira, em que me concentrei, fundamentalmente, na escolha do meu objeto de interesse e na elaboração do meu Trabalho de Conclusão de Curso, decidi focalizar meus estudos sobre a relação educação e visualidade no contexto da modalidade de ensino da EJA. O que resultou na escolha do estudo sobre a temática “Imagem, livro didático e escolarização de jovens e adultos: interfaces de um problema pedagógico’, cujo intuito fora o de examinar a maneira como o livro didático, adotado nas escolas da rede de ensino municipal de João Pessoa, incorporava a imagem, seus gêneros e usos.

Em função do exposto, assim como do reconhecimento político-social do Estado e da sociedade civil acerca do direito público subjetivo dos jovens e adultos à escolarização básica de qualidade, regulamentado na LDB 9394/96 e na Resolução N. 01/2000, do Conselho Nacional de Educação; e da cultura visual, reconhecido por vários estudiosos da área, defensores de que a imagem e a mídia demarcam o território simbólico, social, político e econômico das sociedades contemporâneas, o presente Plano de estudo tem em vista investigar o uso pedagógico da imagem no livro didático da educação de jovens e adultos, adotado na Política Nacional do Livro Didático do Ministério de Educação e Cultura. 

3 de outubro de 2012

TRABALHANDO O SISTEMA ESQUELÉTICO NUMA PERSPECTIVA INTERSETORIAL

O primeiro momento da aula, foi apresentado um esqueleto para que a todos/as  visualizassem como o sistema esquelético  é formado . Nesta ocasião, foi tratado não apenas sobre a identificação dos ossos, mas qual a função deste e como eles se articulam. No segundo momento, trabalhamos sobre doenças ósseas (raquitismo, osteoporose, reumatismo, artrite, hérnia de disco) e como evitá-las e quais os médicos indicados para tratar cada problema.  No terceiro momento, foi discutido os tipos de alimentos importantes para a saúde óssea , e por fim, cada aluno/a elaborou  perguntas que gostariam de fazer em uma consulta médica. 

Outro momento importante, provocado pela turma, foi a necessidade da melhoria da saúde em nossa cidade. Segundo uma aluna, a qual tem tido fortes dores nas articulações, desde dezembro de 2011 que aguarda por uma consulta médica. No mês de junho de 2012 ao ir para a primeira a consulta, se deparou com a greve no Hospital Universitário da UFPB. Este fato inviabilizou o atendimento médico, ocasionando na remarcação da consulta para seis meses.  No momento a aluna conseguiu antecipar a consulta para o mês de agosto, agora  aguarda a realização do exame, o qual até o momento não foi realizado.

Esta problemática em torno da saúde, fez com que a turma refletisse criticamente sobre: desigualdade social, exclusão e principalmente política, ocasionando maior preocupação com a eleição para prefeito de nossa cidade.. 

  

5 de setembro de 2012

O ENCONTRO INTERNACIONAL DE CULTURA VISUAL, EDUCAÇÃO E LINGUAGEM


O Encontro Internacional de Cultura Visual, Educação e Linguagem realizado na cidade de Jacobina – BA, foi discutido, refletido e problematizado sobre a Imagem e seu uso na educação.  Sobre os diversos olhares, a Imagem foi abordada no campo da pedagogia, sociologia, tecnologia, história e linguística. As multifaces da Imagem nestes diversos campos, possibilitou um aprofundamento para todos os participantes. Os trabalhos apresentados nos simpósios demonstraram o quanto esta temática tem ganhado visibilidade nas pesquisas e nas práticas educativas. Nosso trabalho tratou sobre “O silenciamento da função epistêmica da imagem no livro didático da educação de jovens e adultos”. Objetivando compreender a relação entre educação escolar e cultura visual, o artigo discute a imagem como um componente que articula, sistematiza e organiza o conhecimento no livro didático, destinado à educação de jovens e adultos. Uma das conclusões centrais da análise aponta para o fato de que a função predominante da imagem no livro didático da EJA não e epistêmica, mas ilustrativa. Sinalizando, assim, que embora as editoras tenham feito um investimento considerável na visualidade dos livros didáticos, a imagem não tem sido empregada como um texto portador de saberes, valores e visões de mundo. Negligenciado, assim, sua presença como mediação do saber escolar.

24 de agosto de 2012

ESCOLA É...



... o lugar que se faz amigos. Não se trata só de prédios, salas, quadros, Programas, horários, conceitos. Escola é, sobretudo, gente. Gentes que trabalha, gente que alegra, se conhece, que estuda. O diretor é gente, o coordenador é gente, o professor é gente, o aluno é gente. Cada funcionário é gente. E a escola será cada vez melhor na medida em que um se comporte como colega, amigo, irmão. Nada de "ilha cercada de gente por todos os lados". Nada de viver com as pessoas e depois, descobrir que não tem amizade a ninguém. Nada de ser como tijolo que forma a parede, indiferente, frio e só. Importante na escola não é só estudar, não é só trabalhar, é também criar laços de amizade. É criar ambiente de camaradagem, é conviver, é se "amarrar nela"! Ora é lógico...Numa escola assim vai ser fácil estudar, trabalhar, crescer, fazer amigos, educar-se, ser feliz. É por aqui que podemos começar a melhorar o mundo. (Paulo Freire).
Pensar nestas palavras de Paulo Freire é olhar a escola e vê-la numa perspectiva humana. É reconhecer que sua função é ensinar de modo que toque a razão e a alma das pessoas. Sem gente, a escola é meramente pedras, mas com gente ela é um terreno fértil para o desenvolvimento e crescimento, tanto no âmbito da aprendizagem dos conteúdo, como principalmente no âmbito das relações que são estabelecidas. Nossas escolas precisam ser aconchegantes, atrativas, motivadoras, para que as pessoas sintam-se felizes, tenham satisfação em ir e estar. Precisamos superar esse modelo de escola, que rotula, que cria esteriótipos, que exclui, que segrega, que gera sofrimento e competitividade nos educandos/as, educadores/as, gestores/as, supervisores/as, coordenadores/as, psicopedagogos/as e funcionários/as. A escola precisa despertar em todos  o prazer em aprender. Aprender a aprender, aprender a fazer, aprender a ser, aprender a viver junto. Que este aprendizado constitua subjetividades mais solidárias, fraternas, humanizantes. Para tanto, a escola cartesiana precisa ser superada, dando lugar a uma nova escola, a escola da vida, onde se ensina e aprende para toda a vida. E aprender para toda vida, implica ensinar considerando a totalidade do ser humano, a saber: razão e emoção. 



PARA PENSAR: A IMPORTÂNCIA DO DIÁLOGO PROBLEMATIZADOR E DA AMOROSIDADE NA EJA


Tenho observado o cotidiano e percebido que sempre estamos ocupados, atarefados, atrasados, preocupados, estressados. Todos estes “ados” se constitui parte de um modelo de sociedade preocupada em não desperdiçar o tempo. Mas muitas vezes, neste corre-corre deixamos de nos ocuparmos com o essencial. Em ouvir a voz, os sentimentos e até mesmo o silenciar do outro. É a sociedade da contradição, onde o altruísmo é descartado  e o hedonismo valorizado. Estamos “próximos” e simultaneamente distantes. Distantes do outro, de suas necessidades, de seus apelos, de sua doce presença. Um dia Dalai Lama fez a seguinte afirmativa: “O que mais me  surpreende  na humanidade são as ações do homem. Porque perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem dinheiro para recuperar a saúde. Por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem do presente de tal forma que acabam por não viver, nem o presente nem o futuro. E vivem como se nunca fossem morrer. E morrem como se nunca tivesse vivido”. Considerando as palavras de Dalai Lama, precisamos às vezes parar um pouco, olhar, ouvir, sentir, viver de modo significativo nesta sociedade cada vez mais imediatista e fugaz.

Como ser educador neste contexto? Como ter uma prática educativa que prime pelo dialogo problematizador se estamos tão ocupados e cansados? Que valor tem dialogar com meus alunos, se nesta sociedade temos que passar o conteúdo aligeiradamente e concluir o livro didático?

Dialogar requer a capacidade de ouvir, de dar oportunidade para que o outro se expresse, de penetrar nas entrelinhas de sua fala e provocar a reflexão, sensibilidade e a amorosidade mesmo nos momentos de discordância, de conflitos. Precisamos instigar nossa sensibilidade, nosso olhar, ouvir, sentir, cheirar, tocar. 

As experiências que tenho tido com a Educação de Jovens e Adultos, tem me proporcionado um aprendizado contagiante. Ensinar, hoje para mim, implica conhecer meu aluno, possibilitar que ele faça parte deste maravilhoso processo, que é ensinar-aprender; significa desafiá-lo a querer conhecer e aprender mais. Nesta turma, temos entendido, que somos mutualmente educadores e educandos, eu aprendo ensinando e meus alunos ensinam aprendendo. Esta cumplicidade só é possível se tivermos abertos  a ouvir o outro, se assumirmos uma prática com compromisso e responsabilidade social, se entendermos que o outro tem um valor inestimável, se valorizarmos seu modo de ser, de pensar, de fazer, de sentir.

Assim, proporcionar uma aprendizagem regada pelo diálogo problematizador constitui subjetividades protagonistas, sujeitos de suas histórias, capazes de ver, ouvir, sentir, interagir e agir na realidade concreta de modo a torná-la um espetáculo. Pensar desta forma, nos torna pessoas  melhores e felizes.  
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9 de agosto de 2012

PROJETO DE EXTENSÃO DA UFPB/CE:O USO DA IMAGEM NA ALFABETIZAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NUMA PERSPECTIVA FREIREANA.

O curso de pedagogia da UFPB possibilitou-me o acesso a projetos de pesquisa. Dentre os projetos, foi bolsista do PIBIC, coordenado pelo Prof. Dr. Erenildo João Carlos. O projeto era intitulado "O USO ESTRATÉGICO DA IMAGEM NA EDUCAÇÃO POPULAR". Tal projeto tinha a intencionalidade em investigar nos escritos de Paulo Freire, como o autor tratava e usava a imagem nos círculos de diálogo. O resultado da pesquisa foi: que a imagem era tratada como ilustração, ou seja, era utilizada para embelezar o texto e conferir visualidade às situações existenciais e ao universo temático e vocabular estudados; a imagem também promovia a associação meneumônica,sendo associada à palavra e ao tema, tendo em vista agregar à escrita informações visuais pertinentes à realidade em questão. Além destes dois aspectos,a imagem também era tratada como mediação do conhecimento, como representação da realidade concreta, tendo em vista o conhecimento do cotidiano vivido existencialmente. Findado o projeto, foi encaminhado outra proposta, tendo em vista dar continuidade a investigação, todavia, este momento objetiva confirmar na prática,se a imagem (foto, vídeo, Charge, xilogravura, pintura etc) media ou não o conhecimento escolar. Assim,foi aprovado o projeto de extensão(PROBEX)da UFPB. Como o projeto é a continuidade do anterior,o coordenador Prof. Dr. Erenildo João Carlos, solicitou da Escola Municipal Escritor Luiz Augusto Crispim, autorização para realizar a intervenção nas turmas de Alfabetização de EJA. Este projeto tem como objetivo analisar teórica e praticamente as possibilidades do uso da imagem como mediação pedagógica no processo de alfabetização de jovens e adultos (AJA) numa perspectiva freireana. O projeto conta com a participação de duas alunas do curso de pedagogia, uma bolsista e outra voluntária.O projeto iniciou-se no mês de Julho e a previsão de término para dezembro. Pretende-se, com o projeto, colaborar com a aprendizagem. O projeto que está sendo realizado na minha turma de EJA e na turma de outra professora (ambas as turmas EJA do ciclo 1), tem demonstrado que o uso da imagem tem facilitado no processo de alfabetização da turma. As ações ocorrem dois dias na semana, na biblioteca da escola. Esta parceria com a UFPB, mediante os projeto, tem oportunizado articular a teoria coma prática.

2 de agosto de 2012

REFLETINDO SOBRE A APRENDIZAGEM AO LONGO DA VIDA

A Educação ao longo da vida presente no Marco de Belém, expressa uma proposta de educação onde os diferentes sujeitos da EJA possam vivenciar cotidianamente aprendizagens significativas. Que os saberes oriundos das experiências concretas dos alunos/a sejam contempladas visando assegurar as diversidades regionais e locais das populações, seja nos projetos pedagógicos, no currículo da escola, nas metodologias adotadas, nas estratégias de avaliações, na elaboração dos livros didáticos, bem como garantir o acesso, permanência e continuidade de estudos, possibilitando práticas alternativas de ensino e aprendizagem. Assim, para aprender ao longo da vida, faz-se necessário que o Estado crie as condições de existência para que os educandos possam aprender a aprender, aprender a fazer, aprender a fazer junto e aprender a viver. Este aprender não se finda, mas é permanente enquanto vida existir. Neste sentido, vale destacar que o documento do Marco de Belém destaca a importância do compromisso na formulação e efetivação de políticas públicas que garanta a alfabetização de jovens e adultos na cidade ou no campo, tendo em vista o desenvolvimento da aprendizagem ao longo da vida; a “[...] melhoria estrutural e a criação de mecanismos de reconhecimento, validação e certificação de todas as formas de aprendizagem” (2011, p. 4-5). Para tanto, os Eixos financiamento; participação, inclusão e equidade; qualidade e monitoramento e implementação do Marco de Belém são complementares no que tange ao cumprimento do Direito destes sujeitos. Para maiores informações acesse abaixo o documento.
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29 de julho de 2012

LER IMAGENS NO ENSINO DE ARTES

"Não fazer pergunta a imagem, soa como se ela não tivesse nada a dizer" (CARLOS, 2002, p. 67)). Esta afirmativa nos desafia a aprender a ver. Ver não implica apenas a olhar espontaneamente, mas podemos ver algo e aprender com o que estar sendo visto. As imagens são feitas para serem vistas e decodificadas. É o olhar que organiza a experiência e dar sentido à imagem. Neste sentido, ao trabalhar o conteúdo de artes, recorremos unicamente as imagens objetivando promover nos alunos/as o hábito de ver e ler as imagens. Na medida que imagens iam sendo apresentadas, passei a observar as impressões dos alunos ao ver e descrever o que estavam vendo, assim como os impactos que as imagens geravam neles/as. No slides abaixo, vocês identificarão vários pintores de diferentes períodos, com algumas de suas obras. Foi evitado colocar o texto-escrito juntamente como o texto-imagem, para que os alunos fizessem o esforço de lê-las. A autora Ane Mae Barbosa em seu livro "A imagem no ensino da Arte", afirma que precisamos "[...]alfabetizar para a leitura da imagem. Através da leitura das obras de artes plásticas estaremos preparando o aluno/a para decodificação da gramática visual, da imagem fixa, e através da leitura do cinema e da televisão, preparemos para aprender a gramática da imagem em movimento (2004, p.34). Outra autora que disserta sobre o alfabetismo visual é Dondis, a qual, ao perceber a soberania das imagens na contemporaneidade diz que o sistema educacional se move com lentidão monolítica, persistindo ainda na ênfase no modo verbal, que exclui o restante da sensibilidade humana, e pouco ou nada se preocupa com o caráter esmagadoramente visual da experiência de aprendizagem dos alunos. 

A partir das pesquisas realizadas ao longo do curso de graduação (pedagogia - UFPB) em torno da imagem, hoje podemos assegurar que a Imagem é um texto, com linguagem e estrutura especifica. Vários são os gêneros imagéticos, a saber: a fotografia, a televisão, o filme, a charge, a xilogravura, as pinturas e esculturas etc. Todos estes gêneros possibilita o educador a constituir alunos/as críticos, reflexivos e sensíveis as diferentes imagens. Vale ressaltar, que durante a aula de artes, de todas as telas que foram apresentadas, as que mais promoveram impactos na turma foram dos artistas: Cândido Portinari e Tarsila do Amaral. Uma aluna, ao término da aula, fez a seguinte afirmativa: "professora eu nunca gostei dessa coisa de arte, porque nunca entendia nada, mas da forma que foi tratado hoje, eu gostei". Para finalizar a aula, foi feita uma releitura da tela OPERÁRIOS, de Tarsila do Amaral. A Releitura da turma recebeu o nome de MULHERES TRABALHADORAS. Neste momento, foi tratado sobre a diferença entre as trabalhadoras, pois apesar de terem em comum a profissão (trabalhadoras domésticas), cada uma tem um modo singular de ser, de ver e sentir as coisas. Assim, o respeito ao diverso foi tratado enquanto um fator determinante para se viver bem em sociedade.

Segue abaixo o slides usado na aula e slides com imagens da releitura da obra 'OS OPERÁRIOS', da artista Tarsila do Amaral. Esta foi a obra escolhida para tratar da temática "Trabalhando as diferenças".

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27 de julho de 2012

REFLETINDO

Ser educador/a é ter humildade, quando ver que seu aluno não estar aprendendo e passar a reavaliar sua prática; Ser educador/a é ouvir a voz e o silêncio de seu aluno, onde muitas vezes encontram-se suas angústias; Ser educador/a é estender as mãos e ensinar o melhor caminho para o conhecimento; Ser educador/a é ter coragem de se posicionar frente as dificuldades encontradas na escola, as quais, muitas vezes são interditos a uma prática pedagógica relevante; Ser educador/a é ser pesquisador, produzindo novos conhecimentos no campo da educação; Ser educador/a é ter responsabilidade e compromisso social; Ser educador/a é promover em todo lugar relações saudáveis, sem preconceito e discriminação; Ser educador/a é ser referência e ter uma vida pautada na ética; Ser educador/a é olhar o outro e perceber um grande tesouro. Ser educador/a é ter determinação e perseverança mesmo quando todos dizem que a educação pública no Brasil não tem valor; Ser educador/a é agir contrário a toda uma lógica paternalista e fisiológica arraigada em alguns setores públicos; Ser educador/a é promover a esperança e a liberdade de muitos; Tudo isto é o mínimo que se espera de um professor-educador.

20 de julho de 2012

EXAME DE VISTA COM A TURMA

No início das aulas com as alunas, identifiquei uma problemática concreta em turmas de Educação de Jovens e Adultos, a saber: a dificuldade de enxergar o texto escrito na lousa. Sabemos que a EJA não se restringe a alfabetização, muito menos é um lugar para a obtenção da carteira de estudante ou exames de vistas. Todavia, não podemos deixar de considerar as reais necessidades dos Jovens, adultos e idosos no que tange a dificuldades de aprendizagens ocasionadas por problemas de visão. Assim, juntamente com a direção da escola, conseguimos o exame de vista para todas as turmas de EJA. O médico responsável pela consulta, durante a realização do exame foi explicando os problemas de visão identificados para cada aluno, posteriormente orientou-os quanto a importância do cuidado com a visão. Um livro produzido recentemente pelo Prof. Dr. Erenildo João Carlos (UFPB), foi "A importância do ato de ver". Esta temática foi tratada com os alunos da minha turma na semana dos exames de vista, destacando o processo pelo qual o OLHO captura o texto, seja o TEXTO ESCRITO ou TEXTO IMAGEM.

2 de julho de 2012

TRABALHANDO A DIFERENÇA

O presente projeto é continuidade do Projeto Cultura de Paz, inicialmente desenvolvidos com dois subprojetos, a saber: Projeto ‘Escola Limpa’ e  Projeto ‘A Ética enquanto premissa central na valorização da vida’. O projeto em tela terá como tema central ‘Trabalhando com a diferença’, o qual, objetiva reconhecer a importância da valorização da diferença existente nas pessoas, comunidades e etnias. Esta valorização parte do pressuposto que para vivermos democraticamente é preciso respeitar os diferentes grupos sociais e culturais. Assim inicialmente apresentamos nossa justificativa fundamentada na Constituição de 1988, Declaração universal dos Direitos Humanos e os Parâmetros Curriculares Nacionais que tem como tema transversal Pluralidade Cultural. Segue abaixo o projeto com o relatório final das ações realizadas.
Ser Diferente é Normal - Gilberto Gil e Preta Gil



ACESSEM O SITE DA CAMPANHA: http://movimentodown.org.br/conteudo/nova-campanha-do-instituto-meta-social-convida-o-p%C3%BAblico-soltar-voz-para-celebrar-diferen%C3%A7 -->

21 de junho de 2012

TRABALHANDO COM PROJETOS


Nosso segundo bimestre concluiu com as avaliações da turma e fechamento do relatório. O projeto pedagógico objetivou efetivar ações pedagógicas no segundo bimestre na turma de EJA, Ciclo I, tendo em vista o Tema Gerador ‘Cultura de Paz’ e o Subtema ‘Valores’. O fato deste tema ser demasiadamente abrangente, focalizamos trabalhar juntamente com a turma sobre a importância da ÉTICA nas relações sociais. Vale ressaltar, que a ética é um tema necessário à vida social. Quando as relações sociais não se baseiam na ética, a dignidade da pessoa humana é a todo momento afetada de diferentes formas: negação da própria vida; privação da liberdade de expressão; segregação ideológica; desrespeito às diferenças; violência física; exploração do trabalho; discriminação racial, religiosa e política. Enfim, a ausência de princípios éticos torna a vida familiar, escolar, religiosa, o convívio no trabalho e no cotidiano insuportável. Por essas e outras razões, é indispensável o diálogo sobre a temática ética e a construção de experiências éticas concretas em todos os lugares e tempos sociais. No âmbito da escolar, a ética se tornou um tema transversal, isto é, o assunto a ser tratado em todas as áreas de conhecimento e ao longo da escolarização. Cabe, também à escola, a responsabilidade pela formação da consciência e do fazer ético. Em outras palavras, a ética, enquanto um tema transversal, se constitui em conteúdo e objeto de conhecimento e da aprendizagem do educandos. Portanto, ÉTICA, foi a palavra geradora, a qual, se ramificou para outras palavras geradoras, a saber: a valorização da vida humana (consigo e com o outro)e com a natureza, a importância dos direitos sociais e dos alunos, da solidariedade e fraternidade nas relações sociais, a importância da prevenção na saúde (educação alimentar, atividades físicas, cuidados com a visão etc.), tendo em vista uma melhor qualidade de vida para todos. Segue abaixo o relatório final do projeto 'A ÉTICA ENQUANTO PREMISSA CENTRAL PARA A VALORIZAÇÃO DA VIDA". Segue a baixo o relatório final

NOSSA FESTA JUNINA


No dia 14 de Junho de 2012, tivemos nossa festa junina. Todas as turmas teriam que levar alguma comida típica. Nossa turma ficou responsável pelo mungunzá, bolo de milho e tapioca. Estas palavras foram usadas como palavras geradoras na alfabetização. Além da comilança, antes de prepararmos a mesa,fizemos a ornamentação da festa. Este momento oportunizou o contato entre as demais turmas. Todos contribuíram e foi muito proveitoso. Na programação, primeiramente teve a apresentação dos Filhos da EJA (filhos dos alunos da EJA). As crianças estavam vestidas a caráter. Posteriormente, os jovens do turno da tarde compareceram para prestigiar e apresentar uma coreografia. Regados ao som do forró, todos se deliciaram com as guloseimas e se divertiram lembrando das festas juninas da época em que viviam no interior da paraíba. Veja alguma de nossas fotos abaixo e escute nosso tradicional Forró

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OS VALORES


A palestra sobre Valores foi ministrada pelo Prof. Dr. Erenildo João Carlos (Dr. em Educação da UFPB) no dia 13 de junho de 2012, para todas as turmas da Escola Municipal Luis Augusto Crispim. A palestra abordou a temática valores nos aspectos: éticos,políticos,sociais e morais. Nos aspectos éticos, foi tratado sobre a valorização da vida e da liberdade; os aspectos políticos, foi discutido sobre cidadania e organização; os aspectos Morais, foi destacado o costume e a tradição; e para finalizar, nos aspectos sociais, foi assinalado o valor do trabalho, da cultura, da religião, do lazer e da escola. A palestra foi o fechamento glorioso do segundo bimestre, a qual, veio ratificar tudo que vem sido construído ao longo dos dois bimestres na turma de EJA. Segue abaixo o slide e a gravação da palestra.

GRAVAÇÃO DA PALESTRA - BAIXE E ESCUTE A PALESTRA. ] PALESTRA SOBRE VALORES - Prof. Dr. Erenildo João Carlos - UFPB
Valorizando a comunhão com a turma: no dia 03 de junho, os/as alunos/as fizeram um almoço na comunidade São José e fui convidada a participar. Inicialmente a turma não cogitava a possibilidade de contar com minha presença. Mas compareci o almoço juntamente com meu esposo. Para todos/as foi uma boa surpresa. Conhecer a turma fora da sala de aula significa estabelecer vínculos mais fortes. Este momento ratificou a importância da turma para todos. Vejam abaixo as fotos.